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Tudo sobre a região do Anhanduizinho

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Campo Grande, quinta-feira, 07 de dezembro de 2023.

No túnel do tempo

Hoje organizador dos campeonatos na Arena Guanandizão, Maroka recorda do memorável jogo, em que foi campeão

Sem futebol, pois a bola ainda está parada, ex-jogadores e organizadores dos campeonatos, entram no túnel do tempo e contam suas histórias (Foto: Facebook)

Pelo segundo fim de semana consecutivo, a bola continua parada e com isso, os campos de futebol chamado de “varzeanos” onde são disputados os campeonatos na categoria amador, também seguem vazios, devido à proibição das aglomerações de pessoas, para evitar o contágio de transmissão do coronavírus –  covid-19.

Sem futebol, sem as resenhas, as cornetagens e distantes dos campos, alguns donos dos times e também organizadores, dos campeonatos localizados nos bairros que forma a região do Anhanduizinho, a pedido do site gritoregional.com.br entrarão no conhecido e famoso “túnel do tempo” e através dele, recordar os jogos que marcaram época e deixaram saudades, sendo até hoje recordado por quem deles participaram.

Nesta primeira rodada de saudosismo, o convidado é Maurio Martins Maroka, ex-jogador de futebol profissional, presidente da Associação de Moradores do bairro Jockey Clube e também presidente da Federação de Futevôlei de Mato Grosso do Sul. Maroka como gosta de ser chamado, além de ser o organizador dos campeonatos nas categorias Master 40 anos e Super Master 50 anos, disputados na Arena Guanandizão, localizada na parte externa do ginásio do mesmo nome, localizado no Jardim Nhanhá, no bairro Piratininga, recordou de uma decisão em que ele, então como jogador teve uma participação ativa e decisiva, tanto que conquistou o título de campeão.

Essa volta ao tempo relatada por Maroka foi no ano de 2015, quando estava sendo disputada ainda a 2ª Copa na categoria Super Master 50 anos e na ocasião, ele defendia o time do Valtinho Ild Car.

Na ocasião, a decisão do campeonato foi entre as equipes do Valtinho Ild Car e Advocacia Beto Avelar, que segundo o mesmo, tinha um “timaço”.

No túnel do tempo, Maroka recordou que Leiva, além de jogar, também acumulava a função de técnico do time.

Além de  ter lembrado do dublê de jogador/técnico, Maroka lembra com riquezas de detalhes, cita nomes de alguns atletas em campo, além de descrever várias jogadas, como se hoje ele estivesse realmente na partida.

Como sempre, a Arena do Guanandizão estava lotada, com gente saindo pelo “ladrão”. Os dois times tinham torcidas.

O time do Avelar ganhava o jogo por 1 x 0, com gol do Beto Avelar.  Maroka recorda que era jogo de um time só! Pois o time da Advocacia Avelar atacava muito e a bola batia na trave ou ia pra fora. Enquanto que o time do Valtinho Ild Car, nem conseguia chegar ao ataque, devido ao massacre imposto pelo adversário. “Nosso time se defendia de todos os jeitos ou torcia pros caras errarem os gols”, recorda.

Ai brilhou a estrela do jogador que até então estava no banco de reservas. Já exercendo a função de técnico, Leiva olhou para o bando e mandou Maroka entrar em campo.

No primeiro momento, ele até relutou, indagando o seguinte com o treinador: “Fazer o que, se a bola nem chega ao ataque?

No entanto, Leiva insistiu e disse: “Vai lá, só pra participar mesmo, pois o jogo já esta acabando”, disse.

“Eu entrei, faltavam uns três minutos pra acabar o jogo. Mesmo assim, entrei com pensamento positivo e deu certo! O Carlinhos Brasília pegou a bola na lateral esquerda do nosso time e fez um lançamento de um uns 40 metros, cruzando da esquerda para a direita e no momento o Valdirzinho, que hoje está na Assembléia, entrou no time deles, no lugar do Celsão (ex-Operario) e como ele tem a mesma estatura que eu, ele ficou me marcando e enquanto isso, eles (time do Advocacia Avelar) já estavam comemorando o titulo. Pra você ter uma idéia, o goleiro deles era o Paulão (Ex-Operário). Pois bem, a bola foi alçada e passou por cima do Valdirzinho  que perdeu o “tempo” e eu entrei por trás e a bola caiu no meu pé, dominei fiquei de frente com Paulão. Recordo que foi a única bola que chegou na frente e eu bati cruzado e empatei o jogo, que em seguida acabou”, recordou Maroka .

Adversários dentro de campo Maroka (e) e Paulão (d) têm muitas histórias ainda para serem contadas por muitos anos (Foto: Arquivo)

Segundo, no time do Advocacia Avelar, todos ficaram zangados, pois estavam com o título nas mãos.

E como previa o regulamento, em caso de empate, o vencedor seria conhecido através dos tiros livres da marca do pênalti.

Mas uma vez a memória do Maroka entrou em evidência.

“Fomos para as penalidades. Rapaz, o time deles era muito bom. Eles tinham o Paulão, Celsão, Biro-Biro, Valdirzinho era um timaço mesmo e não tinha como perder o campeonato, mas futebol, né?”

Na hora das cobranças, Doca, técnico do time da Advocacia Avelar, para assustar o adversário teria gritado: “Calma, calma, Vamos pros pênaltis, nós temos no gol o Paulão”.

Ao ouvir aquela “intimidação, Maroka com o moral elevado pela marcação do gol do empate, chamou para si a responsabilidade.

“Eu falei bem assim, deixa comigo. Quero ser o primeiro a bater o pênalti e abrir o marcador”.

Dito e feito. No entanto, antes do chute ele sentiu um calafrio, pois segundo ele, recordando a cena, o goleiro Paulão abriu “as asas” dentro do gol e com isso, ele fechou o gol.

“Pensei agora tenho que fazer esse gol e fui pra cobrança. Paulão ficou parado e o gol ficou pequeno. Dei aquela balançada tipo cachorro molhado, dei uma chacoalhada e bati mais ou menos no meio do gol eu queria bater no canto esquerdo, mas bati no meio do gol, eu queria bater no canto esquerdo, e a bola passou pelo único lugar por onde tinha vaga, por entre as pernas do Paulão. Foi empatando e na última cobrança, o Biro-Biro errou e Fomos campeões”, essa história esta até hoje viva na minha memória.

Antes de sair do túnel do tempo, Maroka recordou que, “gozado que eles tinham no gol Paulão, todo mundo conhece e o nosso goleiro era o Edinho Pudim, era um trapalhão. Ele, fala que jogou no Aquidauanense, mas eu não lembro. Ele é um grande pegador de pênalti, a bola bate na trave e volta na mão dele, tanto que Biro bateu e ele pegou. Agora veja como é o futebol de um lado Paulão e do outro pudim e com ele, não fomos campeões”, finalizou.

1 Comentário

  1. Evaldo Cunha disse:

    Parabéns Maroca, já estou com saudades dos jogos.

Os comentários estão fechados.

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